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Do nosso Fã Clube Shania Twain Brasil

sábado, 7 de maio de 2011

Shania Twain fala sobre sua infância difícil, o divórcio que partiu seu coração e sua redescoberta do amor.


Ainda que suas canções transbordem de amor apaixonado, a cantora pop-country Shania Twain sabe o que significa estar com o coração partido.

Em uma entrevista à apresentadora âncora do "Nightline" Cynthia McFadden, a reconhecidamente reservada cantora se abriu sobre a infância pobre e faminta em um lar de abusos, o famoso caso extra-conjugal de seu marido que pôs fim a seu casamento, e sobre seu redescoberta do amor.

Shania, de 45 anos, que nunca antes havia exposto sua vida pessoal em público, disse que agora quer "dar testemunho" sobre suas experiências a fim de ajudar os outros. Sua nova biografia, "From This Moment On", já chegou às lojas.


"Eu acho que acabei me desligando do resto da minha vida até este ponto, quase como se eu tivesse me tornado uma pessoa diferente, diferente em cada frase que eu havia dito.", disse Shania. "Então, eu me reconectei e disse, não, essa é realmente quem eu sou. Não tenho vergonha alguma de quem eu sou, de onde venho ou daquilo que já passei. Não tenho vergonha disso."

Sobre crescer numa pequena cidade chamada Timmins, em Ontário no Canadá, Shania contou a Cynthia McFadden sobre os anos de violência física que sua mãe vivenciou junto a seu padrasto Jerry Twain, o homem a quem sempre chamou de "papai".

"[Era] atordoante para qualquer criança nunca saber o que esperar a cada novo dia", disse Shania. "Podia acontecer a qualquer momento. Além disso, não dava para saber se eles continuariam juntos depois do que acontecesse.

Jerry Twain adotou legalmente Shania quando ela tinha 4 anos. Ela recorda dele ter abusado continuamente dela e de sua mãe durante sua infância, incluindo um incidente terrível no qual ela assistiu Jerry batendo com a cabeça de Sharon contra o vaso sanitário.

"Pensei que ele a tinha matado", disse Shania. "Eu realmente pensei que ela tinha se afogado, ou morrido, ou que ele tinha esmagado tanto a cabeça dela que ela nunca mais iria acordar. [...] Ela parecia estar morta. Estava inconsciente, com o corpo mole, se segurando nele, sabe? E ele segurava o cabelo dela com as próprias mãos.

"Depois disso, fui embora pensando no choque e na experiência de realmente acreditar que minha mãe estava morta naquele momento", ela continuou. "Além de pensar na humilhação de como ela havia sido morta, se afogando em um vaso sanitário. [...] Isso foi muito, muito, obviamente muito difícil de superar."

Mas ela disse que o abuso não parou com sua mãe. Até esse dia, ela disse que não entendia como seu pai, um homem que lhe ensinou a ser uma boa pessoa, usava uma linguagem tão abusiva com ela.

"Ele era ao mesmo tempo o Lobo e o Cordeiro[1], e isso foi a grande tortura.", disse ela. "Eu o amava e respeitava muito tudo aquilo que fez por nós, trabalhando duro, sendo um exemplo de pessoa. Assim, até hoje não entendo isso. Fico perplexa com tudo isso, realmente perplexa."

Sobrecarregados com seus cinco filhos, os pais de Shania, segundo ela, culpavam as dificuldades financeiras por seus problemas. Muitas vezes não havia dinheiro para pagar o aluguel, ou comprar mantimentos, disse Shania, então ela frequentemente ia até a escola de estômago vazio.

"É muito difícil concentrar sua atenção quando seu estômago está roncando", disse ela.

Shania disse que se lembra de ficar com ciúmes da merenda das outras crianças, mas nunca revelava a ninguém.

"Eu certamente jamais me humilhei o suficiente para estender a mão, pedir ajuda e dizer: Sabe, eu estou com fome. Pode me dar essa maçã que você não vai comer?" disse ela. "Eu não tinha coragem de fazer isso."

Os desafios de Shania continuaram quando seus pais morreram mais tarde em um acidente de carro em 1987, deixando-a sozinha para criar seus três irmãos mais novos.

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